segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Amor de mar.
Perdido amor alimento por você
mas tal com esse amor também me perco.
Você é imensidão.
Tão longas distâncias dentro de nós que já não nos encontramos.
Alimento sua falta como castigo, pois não ter-te é morrer de necessidades básicas
Você é água.
E porque não te compro, ó santidade.
Poque sou pecado, sou miséria, sou pobre e você não é mercadoria.
Mas a fome em nós só serve de vazio
e dele também estamos cheios.
Contraditório dizer também que te amo,
uma vez que já havia dito que não sei amar, apenas desejo.
E desejo francamente, tão loucamente, dizer-te: lhe avisei.
Mas a culpa é desejo meu, e o que me pertence dou a quem quiser.
Preciso que assuma, uma vez, que o erro em nós está em você,
uma vez que me ultrapassa em qualidades, é só você quem sobra
todo o resto de nosso amor lhe pertence.
Dos pecados sou a preguiça e você o orgulho.
Tal mergulho raso em mim que lhe quebro a cabeça.
Você não merece se cansar de minha mediocridade, a minha sinceridade
lhe faz mal, não por inocência, mas por expectativa,
já lhe disse: sou preguiça.
Mas lhe digo, ó perdido amor - talvez dos que tive o mais belo que já neguei -
em minha pouca segurança lhe protejo.
Sou faca de dois gumes.
Você é amiga.
Lhe protejo de mim.
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