sábado, 15 de outubro de 2011

Gaia Paralela

As vezes sou meu pior inimigo, as vezes tenho ódio de mim e penso em dolorosas vinganças pra me castigar.

E dói. É ruim se odiar, e deixar se ferir. Me seguro pra alguém me bater, pra levar um soco no estomago e perder o ar. É rápido. Uma surra da cinta que a pouco segurava minha calça. Um tanto masoquista, me ver bater e apanhar. É fogo. É quente. É rosa. É cor. Resfriado nas férias, Insolação no inverno. Uma erupção. Certa frieza no olhar e uma passo a mais sem partes de mim. De coisas normais, e de pouca valia. Sem sentido e sem importância. Cotidianamente mal. Mal-estar no céu, e com os anjos não me identificar. Ser paralelo ao mundo onde eu até tento entrar. Me ajuda a me entender e não me deixa machucar. Um apelo, um pedido, uma obrigação. Me ver largado, de pés descalços em brasa chorando de dor. Andando sozinho em um corredor. No quarto uma única porta, na vida uma saída. Crescer pra morrer e não aproveitar. Aproveitar e não saber. Saber e não se espantar. As vezes é tão difícil pra mim viver, que amo, mais vejo importância no amar.

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