domingo, 11 de março de 2012

reflexo.

Digo oi ao espelho;

Me responde oi, o espelho.

Pergunto: posso ser assim tão imperfeito a ponto de não mais me amar, de não possuir mais amor próprio?

Responde, o espelho: pode, claro, e se não for capaz deixe de se amar no auge de sua perfeição.

Pergunto: Que perfeição? Só enxergo minha pobre humanidade.

Responde, o espelho: É a essa que me refiro.

Digo: Não entendi, mas obrigado.

Diz: Desumano de mais!

Meu reflexo pisca pra mim e eu quebro o espelho.

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