Digo oi ao espelho;
Me responde oi, o espelho.
Pergunto: posso ser assim tão imperfeito a ponto de não mais me amar, de não possuir mais amor próprio?
Responde, o espelho: pode, claro, e se não for capaz deixe de se amar no auge de sua perfeição.
Pergunto: Que perfeição? Só enxergo minha pobre humanidade.
Responde, o espelho: É a essa que me refiro.
Digo: Não entendi, mas obrigado.
Diz: Desumano de mais!
Meu reflexo pisca pra mim e eu quebro o espelho.
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