quarta-feira, 4 de abril de 2012

ki dó, ki dó, ki dó.

Se suja de lama, se fere, se despenteia, cospe nas mãos e passa nos olhos, senta na sarjeta e pede piedade, dó, carinho. Fica implorando atenção como uma criança mimada, fica implorando amor de quem não quer nada. O concreto que você paga é muito pouco pro abstrato que você pede. As crianças imploram por amor, você implora por paixão, implora por amizade, implora por um aconchego. Não se consegue um olhar cúmplice se você não deixa realmente ninguém te enxergar. Para de implorar, por favor, eu peço. Das coisas que você tenta provocar nas pessoas, a única coisa que consegue é a vergonha alheia.

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