segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Meu Ícaro



Se eu te desse uma rosa, você voaria? Se eu te desse um abraço, você voaria? Não mais! Sou teu sol, derreta-se. O que tens de desejo tomo como repulsa, ao passo que ostenta o ar livre, só te vejo afastando-se do ar. Você busca o reflexo, encontra o espelho, e não sabe o que vê! Encontra? Não! E jamais irá encontrar. Não sou estrela doçura, sou sol, loucura. Inspiro luz, aspiro equação, ainda que negue, meu calor deforma seu corpo, meu espirito esfaqueia seu rosto, minha intensidade esverdeia sua alma. No abismo em que corre sou o teto mais alto, suas asas são feitas da minha pena. Agora voe meu anjo, para sombra a mesa ao lado, agora fuja coruja, sou lua também, agora morra meu Ícaro.

Causa mortis: Traumatismo craniano.

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