quinta-feira, 4 de julho de 2013

Covardia



Agora eu entendi, seu ser é feito de covardia. Você é tão, mais tão covarde, que se esconde ao máximo, e depois solta faíscas do profundo do abismo, com cara de quem não quer nada, manda um pedido de socorro aos olhos atentos que espreitam da superfície e ao ser atendido o pedido, finge que está tudo bem e oferece então uma bebida ou outra para agradar os convidados, e os sufoca por não saberem respirar de baixo de água, fria e gélida, assim como você. Você se oferece apenas na medida do seguro, reprimido até não aguentar a não invasão, você odeia receber respeito logo o confundindo com indiferença e odeia respeitar logo assumindo postura de uma lagartixa guerreira, mostrando o quão fraco e o quão forte é, e dizendo que só sabe ser pleno, onde quer que se encontre sua plenitude no momento. Indiscretamente você diz procurar algo que indiscretamente em você é impossível construir, vai oferecendo falsas saídas, utilizando de discursos fajutos, cerceando de forma amoral apenas para satisfazer a sua natureza sadomasoquista. Você busca algo que é impossível, porque a paz não se encontra em período de guerra e sua humanidade é desmascarada quando você ataca desenfreadamente algo que nem você sabe o porque, você se torna desumana justificando que a guerra é quem te trará paz. Isso é impossível. Eu poderia até afirmar que você é não humano, mais um peixe abissal, se me comportasse da mesma forma covarde, que você acredita conseguir mascarar.

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