sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Agua Suja!

Primeiro, não começando, digo: MERDA! Prometi, profeciei, jurei, escrevi que não iria mais! E ca estou eu, puxando o balde com a mesma água do poço, usando da mesma droga e indo conscientemente contra mim que conscientemente disse que não iria mais.

Agora digo também, quase começando dessa vez, sobre o começo! Digo que ensaiei vários começos, ensaiei tudo, mais os começos tiveram mais ênfase em não sei o que.. Comecei assim: Talvez nunca tenha existido e eu aqui sentindo! Quase comecei também assim: É com nojo que penso nisso.. Porém não comecei com nenhuma dessas frases, e então começo.

Começo antes brevemente dizendo que começará com um "Era uma vez", porque de fato foi uma vez, e ouso dizer com insegurança, e agora relendo e editando, com certeza única e ultima vez.

Era uma vez as minhas lagrimas caindo sobre o travesseiro, molhando meu rosto de um jeito novo, horizontalmente se não estivesse deitado e se a gravidade permanecesse na mesma direção, mais o movimento da lagrima foi o menor dos detalhes quando eu soube da existência da mesma. Depois de passada a surpresa veio a tristeza e o drama que estavam dentro de mim, e eu achando que estava limpo, porém me drogando de mim mesmo, com essa droga barata que eu me ofereço ser quando quero, pra me aliviar. Estava chorando deitado, e chorava por não estar cometendo uma injustiça, chorava também por não estar errado, e chorava, sendo esse o pior dos motivos, por ter certeza de tudo, por que veja, onde eu estou é a minha visão que vale, e mesmo que a certeza seja mudável, dentro de mim, tudo continuará da mesma forma e a certeza também em sua forma continuará. E com náuseas reais de você, eu implorei pra ser eu, misticamente, em seu lugar, pra dizer tudo a você, agora sendo eu, o que quer ouvir, e tomar as decisões milimetricamente programadas pra cada reação, eu sendo eu e você sendo você, sem mística nenhuma agora. E o fragmento de pensamento, que dizia que isso nunca existiu me martela, talvez eu chorando aqui, e você ai dormindo, ou talvez acordado também mais não pelo mesmo motivo, eu pensando ser tantas pessoas, mais o mesmo pra todo mundo, me culpando por isso, por pela primeira vez acreditar no meu próprio jeito de ser, achando que era você quem avia se enganado, eu tão amigável com todos, sem limite de liberdade a qualquer momento, acreditei que você me tinha como amigo, e educado eu te fiz igualmente, mais porque? Nem temos nada em comum, concordas? Provavelmente não, só pra ser diferente de mim e de todos provavelmente! Sai desse fluxo, e tomei percepção espacial de mim. Estava no quarto, em um canto, não o dramático canto, só em um canto, esquerdo visto de algum angulo que eu nem tentava imaginar, achava que estava em "paz", e quando digo paz, me refiro a paz do mundo, sozinho, escuro e silencio. Mais não estava sozinho, pois estava eu ali comigo, o tempo todo de uma forma que eu não tenho sabedoria pra explicar, também não no escuro, pois o odioso timer tagarela gritava comigo, gritava o horário, gritava quem eu teria que ser 2 horas depois, gritava por eu estar ali chorando, sendo quem eu não sou, ou pelo menos não era, mais sendo pela primeira vez aquela pessoa que chora no travesseiro com uma arrastada ânsia de vomito, a cada vez que me vinha seu rosto no pensamento, quase vomitei, literalmente eu digo, Também o ventilador, lento, que me mantinha acordado com seu insignificante barulho, sei que não era ele o motivo da minha dolorosa, quase mortal, e digo quase como quem diz, superficialmente mortal, insônia. Entrei no fluxo de novo, agora em outra parte da memória, analisando mais uma vez, detalhe por detalhe dessa historia, pra ver se houve historia, ou se foi criada historia, ou se foi pensada historia, e era historia de verdade do mesmo jeito que eu sabia, infelizmente, com todos os pontos, e todas as características, infelizmente, comigo e com você, talvez só comigo e com ela, sem você. Não achei qualquer que fosse a falha pra eu me culpar, por que saberia me dar com isso melhor que você, mais por outro lado você também nem saiba disso, ou não queira realmente saber, pois, sou só eu que estou acordado agora no final das contas, não sendo piedoso comigo mesmo, mais sendo realista sem auto-proteção, ou sem proteção a parte alguma. E fico imaginando a minha indiferença sendo tomada de mim, por mim mesmo, pelo meu jeito de ser, e nem imagino, vivo, e tudo acarretado por suas idiotices, não querendo ser agressivo é claro, mais sendo sem querer, e sendo também varias coisas que não quero ser porque você me faz eu me obrigar a ser! E nesse mesmo instante de escrita acabo sabendo que outro você, maior que você, esse realmente mortal pra mim, está machucado, esse você não sendo culpado de ser você! E eu aqui doando meu tempo, sono e palavras com quem é obviamente culpado de tudo, e digo que será catastrófico nosso reencontro, pois vou me dissolver na sua cara de nada, afogar-me no seu poço de orgulho, e enojar-me com sua arrogância, e irei vomitar espiritualmente e literalmente, mesmo sendo o espiritual tão obvio e nojento como o fisicamente, e espero que só saia vomito e não palavras, e tremerei controlando o animal dentro de mim. Vai passar eu sei, mais precisei sair da areia e entrar no mar, pra me sentir molhado de verdade por essa situação, e nem vai precisar muito tempo pra que a água evapore, pois sou quente mesmo parado!

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