domingo, 25 de setembro de 2011

É tudo abstrato

É tudo abstrato, da boca pra fora. Não que eu desconfie de vocês, mais não me toca nem me tocou, talvez até mesmo a minha reação fosse abstrata. É tudo camada, e no final é feio, por dentro ou por fora de mais! Esse chuveiro aberto, caindo água que não me molha, e sei que não sou impermeável, talvez eu seja permeável até demais. Pode ser verdade pra você, mais e pra nós o que é? Abstrato? Mania, costume ou destino dizer e não sentir e depois só sentir sem dizer. Agora fala, fala tudo, ou fala o suficiente, o necessário, e diga claramente o que é, e se não for vou dizer também as vezes e as vezes vou ir embora com as sobrancelhas cerradas achando que tudo era ou é abstrato. Faça depois diga, porque acredito no poder da palavra, dando tanta importância a minha e o mesmo valor a sua. Vai, cria uma crônica da sua vida e deixa o leão no zoológico, o guarda-roupa guardando roupa, e a feiticeira na casa do lado. Depois escreve, leia, e apague os pontos altos, porque esse não existiram, e conforme-se com o monótono texto que não é ruim, nem bom, é monótono e não a nada de errado com a monotonia. E não compare os textos no final, pois são todos iguais, só mudam as metáforas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário