quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Hoje é dia de feira!

- Entrei, não suportei e sai. - Entrei de novo, agora fiquei, mesmo com a dor no meu tímpano, eu fiquei -Estava exausto, e justo na feira achei um lugar pra sentar, queria não ter achado, seria um pretexto pra sair, mas sentei e me acomodei. - Quantas vozes, quantos gritos, não consegui pra frente olhar, me enojavam, enquanto os consumidores trocavam sardinhas, o Feirante a gritava. - Esperei, 1 feirante por hora, mais o peixe não consegui vender, gritava, gritava e ninguém olhava. E eu ali, sentado, enojado e atordoado, querendo me matar e matar somente. De repente trocou de Feirante, e o outro entrou, um velho Feirante com os peixes mais bonitos, as trutas mais lustradas, já nos seus olhos a tristeza, nenhum amor, e todas as magoas. - Entendi de cara o porque estava assim, ele sonhou, e agora sofria as conseqüências! - Quando ele aprendia a vender peixe, imaginava sua barraca, brilhante e dourada, cheia de gente com fome de peixe, organizadas! - No seu sonho eles levantavam a mão pra poder comprar, e com um sorriso ele iria atender, orgulhoso pelo seu peixe vender. Tolo, (me dói assim o chamar) quando ele comprava o peixe nenhuma barraca brilhante e dourada estava por lá! Porque achou que quando vendesse estaria lá? - O sinal tocou, e de feirante trocou, esse feirante já sentou, com o consumidor da frente papeou, nem se estressou! Viveu e morreu sem sonho pra contar, nem derrotas a chorar. - De feirante foi trocando de hora em hora, chegou a minha hora, o meu peixe eu comprei fui pra casa e me deitei, porque amanha novamente pra feira voltar e novamente com os consumidores me enojar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário