quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Cemitério.

Quando penso, definha. E quando penso, definho. Desmonto e remonto, e definha, definha na minha frente, quase que propositalmente, e definhando em também definho, lentamente, pouco a pouco, até me acabar. E penso, muito, e quanto mais penso mais apodrece. Faz questão de apodrecer. E enquanto o pensamento mata, o coração desmata e deixa agonizar no canto. O coração é mal, faz mal. O pensamento é bom, e mata, rapidamente e sem dor. O coração revive e se suicida, depois de ouvir os gritos daquilo que já estava morto. Deixa morrer coração. Já viveu coração, agora deixa matar, deixa morrer. Deixa coração, o pensamento suicidar a vida do outro que existe em ti. O meu maléfico e inocente coração levanta bandeira branca, e se rende ao pensamento. E enquanto o pensamento se remedia de conclusões, o coração se remedia de memórias, ou se droga de memórias e enterra o corpo falecido dentro do de meu corpo. Apeguei a ti coração, e criei um cemitério.

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