E quando eu paro e olho, me sinto só. Quando me aproximo e descubro o que é, me sinto só. Quando entendo, me sinto só. Quando quero, me sinto só. Só eu por mim, e o destino como anjo a me espreitar. Uma solidão tão diferente, e tão sem gosto, e tão silenciosa que penso até em não ser. Não existir, e não existindo sozinho, escuro, diferente e denso.
Isso é sobre mim, um eu tão profundo, tão molhado, exageradamente tudo desgostoso pode existir. E procuro em paginas, mais não encontro o que não existe, e procuro, com desajeitada inocência, jamais ganhada, forçada.
Peço a mim que não desista, pois haverá de ser bom em algum momento, em algum espaço, em alguma das vidas que escolher. Disseram, e acredito. Mais sou muito do mesmo fundo, e me preencho de lá de baixo. Encho-me de mim, do que guardo por de trás da alegria, da tristeza, da malicia, do egoísmo, me preencho de lá de baixo, mais uma vez, e morro por dentro, mais uma vez, e renasço, mais uma vez, pra me preencher, mais uma vez, e morrer mais uma vez.
Não chores, peço a mim, deixe-me chorar por você ou deixe-me guardar essa suas lagrimas lá atrás, deixe o rosto seco, ó você, que sou eu, e que não pode perder a compostura, nem por um segundo, nem mesmo pra chorar, nem pra guardas as lagrimas, tempo pra nada.
Repetidamente, mais uma vez, de ultimas vezes, ou de primeiras vezes, sabendo e se enforcando por querer, e querer se enforcar só mais uma vez.
Sobre o espírito que acredito não ter, você que acredita, proteja-o por mim, que não acredita e que sacrifica sem saber, ou sabendo sacrifica por um melhor momento, ou sacrifico o melhor momento pra poder acreditar.
Não sei o que quer ser, ou o que serei, ou o que fui, ou o que não sou. Eu e meus delírios de tudo que não sou, e dos delírios do que nunca serei.
E tudo isso é medo, tudo isso é mais medo, é só medo, o medo e eu, sozinhos, juntos. Medo do que me cerca, e enfrento o medo, deixando ele me cercar. E me acomodo, mais cedo ou mais tarde.
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