sexta-feira, 4 de maio de 2012

... agora



Passei a ser seco após tanto enxugar lagrimas, comecei a não me importar com coisas que já antes não importavam, aprendi a viver sozinho dentro de minha casta, dentro de meu coração, me tornei uma criança rica, solitária, que brinca com os ursos de pelúcia implorando por algo que nem sabe o que é. Eu muito implorei por companhia sem nem saber o que era. Fui me resfriando, me tranquei na geladeira do skimó, me lavei nas aguas frias de minhas lagrimas, por um tempo, depois nunca mais me banhei, nunca mais chorei, nunca mais consegui. Levo tudo e todos como um soco no estomago, levo o orgulho encravado em minha pele, levo a minha sobrevivencia ao limite da razão e do ódio, me testo com metáforas, faço de mim um grande experimento e tenho tido como resultado um saco de carne ossos, sem alma, sem amor. Digo mais uma vez, sou seco por fora e de novo sou seco por dentro.

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