terça-feira, 1 de setembro de 2015

No more Stars!



Fechei meu céu. Apaguei todas as estrelas. É noite e sempre foi, mas minha noite é clara como dia. Sou eu meu próprio sol, pré-determinado a afundar-me em escuridão e iluminar até mesmo o mais profundo oceano. E como sol sou intocável, não sólido, e queimo todos que se aproximam e queimarei todos que se aproximarem.
Deixo todas as estrelas irem embora, o brilho delas é apenas meu reflexo, minusculo, mentiroso, assim como eu.
Deixo elas irem porque não se deve prender nada através do medo, não se deve manter perto coisas apenas por segurança. A gravidade em mim é forte, me sustenta, me faz flutuar, não há terra para meus pés, nem lua para me descansar.
A tempos cansei de prover o que não há em mim, a muito já me basta a escuridão do universo como companhia, seu silêncio, meu silêncio, isso me basta. Desliguei a natureza, e só sobrou em mim uma viagem de vinte e quatro horas, viagem que não faço, estrada que não ando, pareço ser eu a ir até você, mas sempre é mentira, é apenas minha gravidade novamente, te atraindo, me traindo.
Apaguei todas as estrelas de minha vida, mas isso já fiz a tempos, não há mais estrelas, nem astros, nem Hollywood, nem Oscar, nem drama. Da apatia da vida, só aprendi que simpatia só leva quem merece! Big bang de introspecção. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário