sábado, 26 de novembro de 2011

Carta para Iara, sereia brasileira.

Escrevo hoje pra você querida sereia do mar brasileiro, que canta e encanta os pobres homens que afunda água abaixo, que penteia seus cabelos pensando em como as pessoas param pra te olhar. Você é muito mais homem do que peixe. Pensa como homem, mais na hora de andar sai nadando. Você é ruim, pois mata, e me mata com tudo o que é, estando próxima a mim, quando o que eu mais quero é distancia de você.

Você que tenta me convencer dessa sua falsa certeza, gritando aos quatro ventos e rimando as palavras para que o argumento seja harmonioso, não se engane, pois eu posso não saber, mais qualquer coisa que venha de você, certamente, errada está. Você fala alto pra acreditar em si mesmo, falar alto foi o jeito que você desenvolveu pra chamar atenção, e na maioria das vezes a risada não é do que você fala, a risada é de você, porque você é tragicamente engraçada, um desastre cômico, a morte da morte, descobrir como se descobre, aberração. Trágica.

Você é tão banal quanto a tudo que te cerca, tão banal quanto as coisas que pede pra te cercarem. Você pede pra ser você, tenta e consegue, infelizmente, tragicamente. É de dar dó, é de ter pena, é de ignorar, e se me esforçar mais um pouco consigo até desprezar, você e essa sua arrogante pessoa, sem valores, sem nada de bom, sem conseguir ser nada de bom. Eu não me senti culpado por apontar tudo o que é, pois ao menos eu aponto certo, falo a verdade, não minto, e você que não, e você que muda de opinião igualmente muda de pescador pescado? Não me sinto nem um pouco culpado.

E escrevo essas poucas palavras hoje, pra você, que é pouca também, que é menos do que se pode esperar, que é nada comparada ao que poderia ser, e só escrevo para que saiba que eu sei, e para que saiba que o que você é, me enoja. Um beijo querida Iara, sereia brasileira.

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