quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Legista.





Quanto mais você me amava
Menos em mim eu me encontrava.
A cada passo em minha direção
Você se afastava.

Você só podia amar o que eu não podia ser
Você só sabia ser o que eu não podia amar
Mas amava.
Era a todo momento, inatural

Eu vivia nadando contra a corrente
Eu era a própria corrente em que nadava
Para ter você eu já não me tinha.
Para estar com você não me contia.

Sua faca era parada, seu veneno era lago.
Fui em quem pulei de peito aberto
Morri ferido, esfaqueado.
Mais eu queria, quis, não mais.

Mais eis que surge uma nova dor
Morrerei de não querer você
Morrerei de impossível causa
Viverei sobre o véu silencioso de nossas bocas.

Viver sem você para mim é morte
Viver com você é morte também
Morte sou eu sem mim.
E você só me aceita assim.

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